Assim questiona Wellington Pereira: “Por que escrevo estes rascunhos epistemológicos? Por que abuso a paciência de amigos e seguidores virtuais com eles?” E esclarece: “Respondendo a primeira questão, pela paixão que tenho pela leitura e escrita. Para a segunda questão, respondo simplesmente: pela vontade de compartilhar algo que estou aprendendo, algo que não sei e considero mais importante do que sei”.
Para o autor, “neste sentindo, o título rascunho, algo provisório, passível de correção, de debates, dúvidas; epistemológico: conhecimento, teoria do conhecimento, métodos, desobediência metodológica. Assim, Rascunho epistemológico, conhecimento provisório, razão efêmera”.
Desde 2014, Wellington se dedicou à publicação cotidiana dos rascunhos que, na verdade, eram uma extensão de seus estudos e pesquisas sobre a relação entre mídia e cotidiano, tanto no Grupecj – Grupo de Pesquisa em Jornalismo e Cotidiano, como no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB.
Para a edição deste livro póstumo (Wellington faleceu vitimado pela covid19 em 19 de março de 2021) foram selecionados os textos que pudessem sobreviver à temporalidade do factual. Assim, a publicação dos rascunhos pela Marca de Fantasia é a prova da resistência em pensar – como diria o Professor – o Munda da Vida, a Vida cotidiana e a Cotidianidade de todos nós. |