Andréa Karinne, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB, defendeu em 2014 sua pesquisa sobre a inserção da cultura underground no jornal Correio da Paraíba, abrangendo quatro décadas de edição, de 1970 - momento em que essa expressão cultural teve seu auge - até o ano de 2010, quando esta sofreu modificações decorrentes de outra conjuntura política e social. Esse intervalo permitiu a Andréa enxergar as transformações sofridas pelo conceito de underground ao longo dos anos.
A motivação da pesquisa são os textos produzidos pelo jornalismo cultural, por estes abordarem a diversidade de informações referentes às expressões culturais. Para a autora, "a presença das manifestações artísticas consideradas marginais no jornal impresso despertou interesse e inquietação, sobretudo por se tratar de uma mídia considerada tradicional, portanto, sujeita à lógica imposta pelo mercado de bens culturais".
Ao refletir sobre o tema, Andréa buscou compreender como se justificaria a presença de matérias referentes à cultura underground, considerada marginal, ocupando espaço numa mídia que segue os ditames da indústria cultural. A busca por respostas conduziu-a a inúmeras outras perguntas que contribuíram para ampliar o conhecimento sobre o fenômeno pesquisado.
A pesquisa de Andréa, agora transformada em livro, navega pela interdisciplinaridade, na medida em que se apoia em fundamentos teórico-metodológicos do campo da Comunicação Social, em particular do Jornalismo, bem como da Sociologia do Cotidiano e ainda da Linguística, no que tange a análide do discurso midiático. HM sobre apresentação do livro. |