Somos constantemente interpelados por novas formas de comunicar. De dizer. De tentar compreender o mundo pela informação. Dia desses, conversando numa roda de amigos, alguém soltou uma polêmica na mesa de bar: “Como vai ser a cobertura via Twitter da Copa de 2014 no Brasil?”. Depois de umas boas discussões, foi a hora da incredulidade diante da velocidade das transformações na comunicação: “Será que estaremos nos comunicando via Twitter em 2014?”. Talvez este questionamento seja mais válido. Do e-mail para os bate-papos via mIRC, ICQ, MSN e, depois, nas redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter, a nossa relação com as plataformas de conteúdo na internet é dinâmica. Descobrimos, usamos, enjoamos, renegamos. Assim como pessoas, amigos, namorados, amantes, esposas. Nós nos apaixonamos pelos dispositivos tecnológicos. Se nem o amor é perene, portanto, “que seja eterno enquanto dure”: o amor e o nosso afeto pelas disposições tecnológicas.

Na contramão de efemeridades, o livro que Allysson Viana Martins apresenta tenta arregimentar formas de compreender a velocidade na transformação da comunicação através de duas chaves de interpretação fundamentais no campo de estudos da cibercultura: os conceitos de Crossmídia e Transmídia, largamente difundidos nas áreas do marketing, da publicidade e na cultura do entretenimento. A principal função – e o grande desafio – do autor foi “testar” tais conceitos no terreno do jornalismo. Com seriedade e destreza, ele vai nos conduzindo por caminhos seguros na sua argumentação em torno da validade destes dois aportes para o estudo do jornalismo. Para isso, escolheu um objeto que, em si, parece ser a síntese da problemática pela qual o jornalismo está passando, com a dicotomia entre informar de maneira rápida, segura e precisa. Nada mais oportuno que estudar o Globo Esporte em seus tentáculos editoriais: o programa de TV, mas, sobretudo, seu espraiamento na internet.

Thiago Soares

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