Comunicação no Semiárido Brasileiro, organizado pela Doutora Sandra Raquew Azevêdo, é o resultado de três anos de estudos realizados por pesquisadoras(es) da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte em torno de projetos e práticas de comunicação pensados a partir do paradigma da convivência com o Semiárido. Para a organizadora, que também coordena o Observatório de Jornalismo do Semiárido no Departamento de Jornalismo da UFPB, a publicação é um testemunho sobre a transformação social que ocorreu nesse território do Brasil.
O livro é uma tentativa de se refletir sobre o profundo processo de estigmatização por qual passou a região ao longo do tempo. Nas últimas décadas, ela vem se reconfigurando socialmente como expressão de renovação de práticas sociais voltadas à cidadania, à sustentabilidade ambiental e à promoção da dignidade humana, apesar de todos os desafios existentes no Brasil.
A publicação é dividida em duas partes. A primeira aborda diferentes experiências sob o entendimento da comunicação como um direito humano, considerando a convivência com o semiárido enquanto práxis fundamental para a ressignificação desse território brasileiro e o protagonismo de diferentes atores sociais em processos de comunicação comunitários, participativos e inovadores.
A segunda parte traz o resultado de uma pesquisa realizada pela equipe do Objorsemiárido sobre a Transposição do Rio São Francisco na imprensa, uma vez desde 2013, com apoio do CNPq, o grupo acompanhou a cobertura da imprensa sobre a estiagem no semiárido brasileiro e o debate sobre a Transposição. |