Henrique Magalhães
Em 01/03/2024
1983 foi o ano em que concluí o Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, na UFPB. Como trabalho de conclusão do curso elegi a pesquisa sobre a história da História em Quadrinhos da Paraíba, que completava 20 anos a partir da criação da primeira personagem, “O Flama”, por Deodato Borges. Até então não havia qualquer estudo a respeito, o que tornou meu projeto inédito, com o pioneirismo e as dificuldades inerentes à falta de fontes bibliográficas específicas.
Atuante na segunda geração de quadrinista do estado, eu tinha contato tanto com a “velha guarda” dos quadrinhos paraibanos quanto com os novos e jovens autores, que mal começavam a ensaiar a criação de suas personagens incentivadas pela transformação no modo de impressão dos jornais diários locais.
Este trabalho, além da investigação direta e pessoal sobre a obra dos próprios autores, é um testemunho de certo modo passional e afetivo, pois que fui um dos que contribuíram para a difusão e consolidação dos quadrinhos paraibanos como expressão artística e meio de comunicação ao publicar tiras diárias nos jornais estaduais e lançar revistas alternativas na Paraíba e em Recife.
Esta obra está disponível em fac-símile, com a linguagem e estética da época em que foi lançada pela associação de três selos independentes: Sancho Pança, do Professor Alarico Correia Neto, Acácia, do Professor Marcos Nicolau (à época ainda estudante de Comunicação na UFPB) e Marca de Fantasia, de minha autoria. O selo Marca de Fantasia foi uma antecipação do projeto editorial que eu viria criar em 1995 como projeto de extensão, quando já era professor do Curso de Comunicação Social da UFPB.
Bat-Madame, de Anco & Luzardo; O Flama, de Deodato Borges; Kay France, de Rejane Alves |
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