Quem ousa atravessar as margens do texto?
Dois anos após o Onze de Setembro, o medo voltou. A emoção embargou a voz. E teorias, aparentemente explicadas e dominadas pelas ciências, ressurgiram em forma de terror: panóptico, guerra, campos de concentração, homofobia (e o Papa não pediu perdão!).
Um novo espectro ronda os continentes: a cultura do relativismo.
Contra a cultura do relativismo, Quiosque - observatório das mídias - reorganiza novas barricadas em seu número quatro.
As barricadas são contra o silêncio imposto pelo relativismo ético e estético da sociedade de consumo.
Neste número, publicamos doze ensaios que atravessam diversas linguagens, da aventura dos quadrinhos à diversidade cultural como processo pedagógico.
São vozes, distantes dos púlpitos do relativismo, nos convidando a travessar as margens dos textos.
Boa leitura!
Wellington Pereira
Nota do editor
Esta edição foi programada para sair em setembro de 2003 – sim, há 17 anos! – mas nunca fora lançada. Sabemos das dificuldades que rondam a edição independente, da falta de recursos à falta de tesão, que também nos assola esporadicamente. Não nos faltou amor, nem tesão e ideário esse tempo todo, é claro! Outros projetos foram se sobrepondo a nossa simpática revista Quiosque, tão relevantes quanto, e nos deixamos levar. A edição estava pronta para ser impressa, agora sai no suporte digital com a possibilidade de ganhar maior “audiência” e, quem sabe, retomar seu rumo interrompido.
Henrique Magalhães
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