Os críticos das Histórias em Quadrinhos costumam considerá-las, de forma preconceituosa, como um tipo de literatura infantil que conteria uma visão ingênua do mundo, utilizaria uma linguagem fácil de ser assimilada e seria apenas um material de entretenimento destituído de validade artística. No entanto, o trabalho de roteiristas e desenhistas de quadrinhos levou ao seu reconhecimento como a Nona Arte. Atualmente, essa forma de comunicação visual impressa ocupa lugares nobres, como os museus, é adaptada para o cinema e para a TV e ganha a atenção de pesquisadores universitários de diversos países.
Quanto à linguagem e ao conteúdo, as histórias em quadrinhos tornaram-se mais complexas e, hoje, atingem leitores de idades e faixas socioculturais as mais diversas. Até as histórias protagonizadas por crianças são dirigidas para um leitor adulto e sofisticado, a exemplo das tiras de Charlie Brown ou de Mafalda.
Com o tempo, as histórias estreladas por personagens infantis passaram a transitar pelo universo adulto e a tratar de problemas típicos da maturidade. Até hoje, há uma grande produção de histórias e tiras protagonizadas por crianças, feitas tanto para o público infantil como para o adulto, sendo realizadas no Japão, na Europa, nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países latino-americanos. |