O presente ensaio disserta acerca do processo de reconfiguração do anti-herói Justiceiro pelo escritor Garth Ennis e analisa os desdobramentos midiáticos que fizeram o personagem ser uma das marcas mais populares e consumidas na sociedade contemporânea. Justiceiro é um anti-herói que está à margem do conceito estereotipado do super-herói e vilão dos quadrinhos, uma vez que, por meio de uma violência desmedida prende, julga e executa seus inimigos dentro de um código próprio de Justiça.
Apesar de ter sido criado por Gerry Conway em 1974, é nos anos 2000 que Garth Ennis concebe uma concepção mitológica do anti-herói. Nossa hipótese consiste que Garth Ennis criou uma concepção de jornada própria, que definimos como a do anti-herói e que Justiceiro, diferente de um super-herói estereotipado e massificado criado no pós-Segunda Guerra, reflete questões presentes no cotidiano da sociedade contemporânea, o que resulta em consumo e popularidade do mesmo.
O percurso de pesquisa consiste na análise de três temas importantes no processo de reconfiguração do Justiceiro: a morte de Frank Castle e o nascimento do Justiceiro, o suicídio e o mundo como cenário de sua nova Guerra. Alberto Pessoa |