Quando Katita foi criada, em meados da década de 1990, houve resistência das revistas e jornais não habituados a publicar quadrinhos que tratassem de assuntos tão delicados como a diversidade sexual. O caminho natural foi a imprensa alternativa, o que inclui fanzines e publicações de circulação restrita.
Em 2005, uma tira de Katita, publicada no Jornal GLS, distribuído em casas noturnas de São Paulo, foi vista na CADS (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual), órgão ligado à prefeitura da capital. Após alguns contatos, a CADS organizou uma exposição para comemorar os 10 anos da personagem, em grande estilo, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, com painéis de ilustrações desenhadas por Gisele Henriques e tiras de Ronaldo Mendes.
Em 2006, a editora Marca de Fantasia publicou Katita: tiras sem preconceito, livro vencedor do “Prêmio Angelo Agostini” como melhor lançamento e melhor roteirista, além da indicação na categoria roteirista-revelação para o prêmio “HQMix”. Nesse ano a personagem teve outra exposição, organizada pelo SESC de Belo Horizonte, como parte das atrações do evento Belo Poético. A prefeitura de São Paulo, por meio do CADS, usou também ilustrações de Katita em postais, além de jogos com a personagem, publicados numa cartilha temática.
25/03/2023
Katita, de Anita Costa Prado, com ilustrações de Ronaldo Mendes |
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