Não necessariamente, o humor floresce nas crises, como forma de protesto, quebra dos paradigmas, subversão da linguagem. Maria nasceu sob essa sentença na década de 1970. Desde o início, em companhia de Pombinha e Zefinha, lutava contra a opressão às mulheres, a ditadura militar, o machismo e toda forma de discriminação.
Desde 2018, antevendo o abismo em que o país se precipitava, engajou-se na campanha política contra o abominável, que emergiu dos esgotos para almejar ao poder disseminando ódio contra as esquerdas, enuviando com discurso falacioso a mentalidade do povo. Não se dando por vencida, Maria começava nova luta, de resistência e denúncia, quase sempre revoltada, mas bem-humorada, quando podia.
O álbum Maria: vida ordinária, reúne as 50 pranchas produzidas em 2021. Em 2020 saiu o álbum Maria: a vida em turbilhão, reunindo 61 pranchas criadas no ano anterior. As 22 pranchas desenhadas em 2020 continuam inéditas em edição. |