Henrique Magalhães e a editora de quadrinhos poético-filosóficos “Vanguarda e independência nas fronteiras entre comunicação, educação e arte”, é com esta legenda que Elydio dos Santos Neto abre o livro que analisa o trabalho editorial de Henrique Magalhães na direção da Marca de Fantasia, notadamente no que tange a edição de quadrinhos poético-filosóficos. Esse estudo é um dos capítulos de sua pesquisa de Pós-doutoramento em Artes, realizado em 2010 na Unesp, São Paulo, no qual aborda também a obra de Edgar Franco e Gazy Andraus como autores seminais do gênero.
Nas palavras do autor, “embora Henrique Magalhães não tenha tido influência nos processos criativos dos artistas que criaram as histórias em quadrinhos poético-filosóficas, ele tem uma importância muito grande ao acolher, por meio da Editora Marca de Fantasia, estes autores que até então tinham suas publicações feitas em fanzines, em boa parte das vezes sendo eles próprios os editores. Henrique Magalhães, como editor externo ao grupo que criava esta abordagem, será a pessoa que possibilitará o primeiro reconhecimento, mais expressivo e de peso editorial, para aquela produção ainda em estágios iniciais, porém já consistente, por meio da revista Tyli-Tyli”.
Além de promover o debate sobre os quadrinhos poético-filosóficos, Henrique Magalhães “pode contribuir de forma significativa porque seu papel de editor foi alimentado por outros aspectos de sua rica identidade profissional e pessoal: o desenhista de tiras diárias, o criador de personagens de humor gráfico, o fanzineiro, o professor de comunicação, o pesquisador acadêmico e o ativista que trabalha numa perspectiva de resistência cultural”, afirma Elydio. |