Para novos desafios vivenciados na vida ordinária, outros olhares nos conduzem a um ousado imperativo de valor: viver a linguagem como uma forma de ação, de interação social. Por isso, esse estudo baseado na dissertação de Reginaldo Gurgel Moreira, ancora-se nos construtos transdisciplinares para uma revisão da literatura sobre Linguística Aplicada, tomando como recorte, especificamente, a perspectiva da Nova Pragmática, a partir da abordagem sociocultural das interações dos sujeitos na linguagem-vida ordinária, aproximando-se da (Des)Cortesia Linguística.

Assim, nesse trajeto reflexivo-descritivo, destacamos as contribuições interacionistas de Goffman e seus estudos das faces (self), ou imagem positiva e negativa dos sujeitos numa interação, passando por Brown e Levinson com a polidez positiva e polidez negativa, bem como seu sistema sobre os atos ameaçadores da face, entre outros autores do estudo da conversação e pragmática.

O livro propõe um texto que se atualiza à medida que é compartilhado entres os profissionais da linguagem ou os diferentes públicos que se engajam nas interações dialógicas, servindo-se de suporte técnico-prático para outras perspectivas do fazer-dizer palavras no cotidiano, isto é, na vida ordinária que se constitui em jogos de linguagem. Por essa razão, o autor não pretende transformá-lo em um modelo linguístico estruturalista; antes, espera que este livro seja uma experiência de abertura às iniciativas de uma literatura que se atualiza em cada vivência leitora.