Eu me declarei Ciberpajé no dia 20 de setembro de 2011, descrevendo o meu renascimento através de uma contagem regressiva diária, baseada em 10 chaves que significam valores importantes para mim nesse novo momento. Essas chaves foram criadas e fixadas em meu corpo renascido através do ritual de desenhá-las, capturando sua forma em minha visão cosmogônica. Esse número 6 de Artlectos e Pós-Humanos traz HQs fruto dessa transmutação em Ciberpajé. Algumas delas geraram inclusive músicas que podem ser ouvidas em: www.youtube.com/posthumantantra.
A figura do pajé é fascinante, ele tem a capacidade de conectar-se diretamente com a natureza para modificar a realidade. Ele mistura os mundos, o mundo de suas cosmogonias transcendentes ao mundo ‘real’ e assim consegue reestruturar a realidade.
Sou um ser que crio cosmogonias, mundos ficcionais e tenho utilizado gradativamente esses mundos para modificar a minha realidade. Através da mixagem de meus mundos com o pretenso mundo real, eu reconstruo minha realidade buscando simplesmente ser eu mesmo! O prefixo ciber, da cibernética, foi agregado ao termo pajé porque ele incorpora as novas possibilidades tecnológicas como um campo amplo para os exercícios mágicos de conexão entre mundos que o Ciberpajé promove. Edgar Franco |