Venho participando como colaborador do site Marca de Fantasia a convite de Henrique Magalhães, na área de Parceiros, trazendo meus fanzines e outras edições que colaborei ou coordenei. Inclusive, mediei no site a inserção dos Cria_ciberzines – fruto do grupo de pesquisa Cria_Ciber coordenado pelo Edgar Franco (Ciberpajé) da UFG, e criei a coluna dos Academiczines, com a colaboração do próprio Henrique Magalhães na concepção completa da coleção (em andamento e aberta a todos que queiram participar).
É assim que insiro agora o meu “álbunzine” Sacro-Conquistador, lançado em 1997 quando o editei como comemoração dos 10 anos, então, de meu ciclo participativo como autor de HQs poético-fantástico-filosóficas, desde que eu havia estreado em 1987 no fanzine “Barata” especial nº 0 (que seria, em realidade, o de nº 13, porém, apenas com HQs, visto que os anteriores traziam poesias aliadas aos quadrinhos dos integrantes daquele essencial fanzine brasileiro).
Um detalhe importante, ainda, sobre o “Sacro-Conquistador”. Na época em que o idealizei, tive como premissa montar pouco mais de uma dezena dos álbuns semi-manufaturados, ou seja: eu montei uns 13 exemplares com capa mais dura (usando papelão e adesivo contact para as capas, sendo que a capa principal se fechava sobre as páginas fotocopiadas e grampeadas como um “livreto” no formato A-5. E mais: a capa “externa” mostrava todos os meus zines lançados até então, e a capa interna trazia um fundo espacial cósmico e um desenho de perfil bem como o título homônimo da obra. Eu ainda inseri, ao final, uma página dupla xerocopiada em cores, anunciando-a como um “bônus track” do álbunzine.
E o lançamento ocorreu na livraria Invasores, que existia em Santos-SP, dentro de um evento de quadrinhos e fanzines por ela organizado (e do qual fui um dos convidados, à época). Depois, para facilitar a tiragem do álbunzine, eu procedi a uma versão fotocopiada mais simples, e também a deixei para o Edgard Guimarães, como coedição.
A versão aqui inserida no Marca de Fantasia pode ser “lida/vista” página a página e também, ao final, inseri uma foto mostrando o álbunzine semi-aberto e de pé, como um objeto-livro-artístico, ou seja, minha concepção à época, estava na “vanguarda” de ser um artezine, sem que eu soubesse desse termo ou concepção; porém, como vim de uma faculdade de artes, eu provavelmente tive a influência dos zines, e também do conceito de livro de artista, amalgamado neste que veio a ser o primeiro “álbunzine” que elaborei, à época.
Em breve, ainda inserirei outro fanzine importante que lancei, mas em 2004, o AlmaHQ, e também o seminal Homo Eternus, original e em 4 números – que havia sido lançado e coeditado com Edgard Guimarães (do fanzine IQI que passou depois a se chamar QI), entre 1993 e 1994 (e também na versão encadernada, raríssima), que posteriormente deu origem aos álbuns oficiais Homo Eternus lançados então, a partir de 2017 pela Editora Criativo.
Assim, finalmente escaneado meu álbunzine Sacro-Conquistador, deixo-o aqui na coleção da minha área como “Gazy Andraus editor” na seção “Parceiros” deste fundamental e essencial site, o Marca de Fantasia, e mais uma vez agradeço o editor e amigo Henrique Magalhães por esta disponibilização, importante a mim, mas também à história do fanzinato brasileiro.
Gazy Andraus, S.V., 17/07/2024
Páginas do álbum Sacro-Conquistador, de Gazy Andraus |
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