Em 1989, quando Gian Danton começou a escrever quadrinhos, não havia textos que explicassem como fazê-lo. Foi a partir de um roteiro de Júlio Emílio Brás que ele teve contato com um roteiro, em forma de T, baseado nos utilizados nos programas televisivos. Tratava-se de escrever em cima o título, o autor e a página; abaixo, à esquerda, as descrições de cada quadro; e à direita, as legendas e diálogos. Cada página do roteiro correspondia a uma página de quadrinhos, o que dificultava o detalhamento das cenas.
Apesar dos percalços iniciais, Gian tornou-se um artista conhecido no meio, quanto à elaboração de roteiros, sendo procurado para auxiliar os novos roteiristas. Para facilitar, disponibilizou na internet em 2000 uma apostila que serviu de referência para vários roteiristas da atualidade. Esse trabalho gerou, após ampliações, o livro O roteiro nas histórias em quadrinhos, lançado pela Marca de Fantasia em 2010. Contudo, novas questões surgiram, o que o levou a escrever um segundo volume.
Em 2012, ao participar como convidado do Muiraquicon, em Belém, teve que ampliar a palestra baseada em O roteiro nas histórias em quadrinhos. Isso o levou a fazer um relato de seu processo de produção, falando sobre sua trajetória, os dilemas e dificuldades encontradas e como as resolveu. Gian realça que , ao falar de roteiro a partir de sua própria trajetória e mostrar que todo mundo enfrenta problemas, conseguiu uma sintonia maior com os roteiristas iniciantes.
Para Gian Danton, o livro Como escrever quadrinhos "é tanto um relato autobiográfico quanto uma descrição dos processos criativos. A ideia é que ele seja interessante tanto para quem já leu o livro anterior quanto para aqueles que estão tendo o primeiro contato com o assunto".
HM, baseado na apresentação do livro, por Gian Danton