Agartha é um álbum em quadrinhos do gênero poético-filosófico criado por Edgar Franco e publicado pela editora Marca de Fantasia em 1998, com segunda edição publicada em 2002. Esse gênero genuinamente brasileiro tem como duas de suas características principais: a intencionalidade poética e filosófica; e a inovação na linguagem quadrinhística.
Trata-se de uma obra singular concebida como uma reflexão fantástico filosófica que questiona a concepção arquetípica de paraíso/éden existente em diversas religiões ao redor do mundo, como no Cristianismo, Judaísmo e Maometanismo.O álbum investe no potencial poético e experimental das HQs poético-filosóficas, e em múltiplas simbologias alquímicas e esotéricas.
Este livro objetiva apresentar aspectos simbólicos e míticos presentes no texto e arte de Agartha, assim como as reflexões filosóficas propostas sobre a concepção de um éden transcendente e os dilemas existenciais que envolvem essa concepção fundamentadas segundo conceitos filosóficos de Jung, com algumas referências a Chauí, Blavatsky e Chardin.
Para Edgar Franco, Danielle Barros debruçou-se sagazmente sobre cada uma das páginas da obra, investigando os símbolos pregnantes e suas conexões com a narrativa em Agartha. Desvendando elementos sutis com uma excelente e sintética fundamentação teórica, trazendo luz a muitos aspectos herméticos da história e renovando o interesse de futuros leitores e pesquisadores dos quadrinhos poético-filosóficos.