O que é fanzine? Como se faz? Fanzine é Arte? Questões como essas dão norte para o tema deste livro. Aqui é abordado o histórico de como o fanzine surge e vai se associando a vários movimentos no decorrer do século XX, como uma expressão artística muito eficiente na descentralização da informação e da própria criatividade.

O fanzine está associado a movimentos de cultura popular, de cultura de massa, de vanguardas artísticas, movimentos de contracultura etc., e permanece até os dias de hoje como forte recurso de liberdade de expressão. Por motivos de espaço e de recorte temático, não foi possível entrar em pormenores e detalhes estruturais de analisar somente um fanzine, ou abordá-lo como exemplo (tanto na estética das imagens como na literatura envolvida) por isso em meio ao texto serão citados alguns impressos por sua importância histórica no movimento dos fanzines e da imprensa alternativa.

Será destacado no primeiro capítulo a gênese do fanzine, da nomeação à assimilação com as mídias da internet. No segundo capítulo segue-se a relação do fanzinato com movimentos de Arte, principalmente com as vanguardas mais radicais (Futurismo, Dadá e Surrealismo) e caminho junto a movimentos que continuaram os ideais vanguardistas (Fluxus, Arte Postal, Situacionistas e o Punk).

Por fim, para poder conceituar o fanzine como Arte, serão feitas breves colocações de teóricos renomados sobre o conceito de Arte que prevalece nos dias de hoje, e de quando surgiu esse conceito, e estabeleço um raciocínio crítico de como o fanzine se coloca em relação a Arte. No artigo será usado a expressão “zine” como um diminutivo da palavra “fanzine”, não como alguns teóricos que diferem as duas grafias como formas diferentes de impressos (este conceito será debatido no terceiro capitulo).

No texto corrido do artigo será feito uma diferenciação da palavra Arte com “A” maiúsculo, da com “a” minúsculo por diferenças conceituais abordadas mais detalhadamente na última parte do artigo onde se fez necessário uma análise estrutural e histórica para aprofundar a crítica ao conceito de Arte, pois como diz Roger Taylor: “Não é possível penetrar de forma inteligente na vida da Arte, sem entrar no valor do sistema envolvido” (TAYLOR, 2005, p.97).

William Busanello
Novembro de 2018


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