Marca de Fantasia
Ano editorial 2017
A editora Marca de Fantasia teve mais um ano intenso, com uma profusão de publicações em álbuns, livros e revistas, bem como participações em eventos no país e no exterior. Este balanço editorial chega só agora em fevereiro exatamente por isso, porque continuamos divulgando com nossos projetos em seminários e conferências, como ocorreu no Cabeças de Papel, em janeiro em Fortaleza e The UNESCO-UCLA Chair: Annual Research Conference, em fevereiro em Los Angeles, USA. Mas esses dois eventos não devem entrar agora, mas no balanço de 2018, que faremos no início do próximo ano.
Em janeiro de 2017 participamos da já habitual Semana Nacional de Quadrinhos, promovida pela Estação Cabo Branco, em João Pessoa. A quinta edição do evento aconteceu entre os dias 25 e 29 de janeiro, com palestras, exposições, vídeos, lançamento de revistas e sessão de autógrafos. Além de exposição e lançamento de publicações da Marca de Fantasia, exibiu-se o vídeo-documentário Eu sou Maria, dos professores Regina Behar e Matheus Andrade, com entrevista em que falo de meu envolvimento com a personagem e o processo de criação.
Quatro eventos internacionais tiveram a representação da editora: XIII Festival Internacional de BD de Beja, ocorrido em maio e junho em Beja, Portugal, onde participamos da mesa redonda “A incrível Banda Desenhada brasileira”; 4as Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos, promovida pelo Observatório de Histórias em Quadrinhos da ECA-USP, em São Paulo, em 22 a 25 de agosto, com nossa apresentação de artigo e coordenação de mesa.
Marcamos presença também no maior evento de quadrinhos da França, o Festival International de BD d’Angoulême, em janeiro, concorrendo com duas publicações ao prêmio da HQ alternativa: Maria Magazine e Top! Top!; e em Amadora BD – 28o Festival Internacional de Banda Desenhada, em Amadora, Portugal, entre 27 de outubro e 12 de novembro. Neste, além de exposição da personagem Maria, houve o lançamento de seu segundo álbum em Portugal: Maria: a maior das subversões, pela editora Polvo em coedição da Marca de Fantasia.
Na cena local, estivemos no Quadrinhos Intuados: 3º Encontro Regional sobre Histórias em Quadrinhos, realizado pela Fundação Espaço Cultural/Gibiteca Henfil, em 18 a 20 de agosto, onde participamos da mesa redonda “Gibitecas e suas peculiaridades”. A Gibiteca Henfil também realizou alguns eventos locais, chamados Espaço HQ; em um deles, em 20 de maio, dirigido ao tema “Política nos Quadrinhos”, ocasião em que discutimos com outros autores e o público o alcance político dos quadrinhos.
Em novembro a personagem Maria foi mais uma vez homenageada com um vídeo documentário, resultante de um trabalho de conclusão do Curso de Comunicação em Mídias Digitais, da UFPB. O vídeo Maria por Marias, de Karla Karini, com edição de Adelcidio Soares, mostra a empatia da personagem em várias gerações de mulheres.
A edição de livros contou com Mapeando cenas da música pop: cidades, mediações e arquivos – volume 1, de Adriana Amaral et al.; Práticas discursivas contemporâneas 2: corpo, identidade e mídia, 2ed., de JJ Domingos, Eliza Freitas, Emmanuele Monteiro, Lúcia Helena Medeiros, Regina Baracuhy, Tânia Pereira; e Onde as gaivotas fazem seus ninhos: a produção de uma narrativa gráfica experimental, de Minna Miná.
Foram também lançados Academia não é amarelinha, 2ed., de Henrique Magalhães; Quadrinhos expandidos: das HQtrônicas aos plug-ins de neocortex, de Edgar Franco; Henrique Magalhães e a editoria de quadrinhos poético-filosóficos, de Elydio dos Santos Neto; bem como Por trás dos quadrinhos: um estudo sobre a metaficção em Homem-Animal, de Marcelo Grisa.
E ainda Poder, discurso e mídia: subjetivação e enunciabilidade no acontecimento político-discursivo norte-americano, de Antonio Genário Pinheiro dos Santos; Quadrinhos e totalitarismo: V de Vingança, Watchmen e El Eternauta, de Douglas Pigozzi; Lugar comum: estudos narrativos transmídia III, de Marcelo Bolshaw Gomes; e Foucault e mídia: entre pirotecnias e reflexões, de Francisco Vieira da Silva, JJ Domingos, Tânia Maria Augusto Pereira (orgs.).
Foram cinco álbuns lançados: O humor gráfico de Luzardo Alves, 4a edição, de Luzardo Alves; Pele de urso, de Sâmara Alves & Thaís França; Duetos essenciais, de Edgar Franco et al.; Reviravolta!: a peleja de Sete Pragas contra o Demônio Galego, de Alexandre Câmara e Alberto Pessoa; e Maria: a maior das subversões, de Henrique Magalhães, em coedição com a editora Polvo, de Lisboa.
Na rubrica Revistas tivemos a estreia de Discursividades, editada por José Domingos no Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual da Paraíba. A Imaginário!, ligada do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB, teve suas duas edições anuais, números 12 e 13; saiu a edição de Artlectos e Pós-humanos 11, de Edgar Franco; Maria Magazine 9, de Henrique Magalhães; mais a reprodução dos números 146, 147 e 148 do fanzine QI, de Edgard Guimarães.
Ao todo foram lançadas 21 publicações impressas e digitais, sendo 11 livros, cinco álbuns e cinco revistas, além dos três fanzines em parceria com Edgard Guimarães. Um bom número para uma editora que não visa o lucro, mas pretende promover a difusão das artes e do conhecimento.
Henrique Magalhães, fevereiro de 2018.