Apresentação
Mais um número de PSIU no formato digital. Nesta edição, o número de trabalhos atuais está menor, mas, em compensação, começarei a mostrar trabalhos que estavam comigo há décadas e que não foram publicados na época. Também continuo recuperando trabalhos memoráveis de publicações antigas.
Participantes desta edição
Na página 3 começa uma nova aventura de Xandra, a Mercenária, criação de Luiz Iório, que já havia aparecido no número anterior, agora na história Xandra, a Mercenária x Mortagg, o Devorador. E logo em seguida, com outras técnicas e temáticas, duas histórias curtas, Renascimento e Eles Estão Entre Nós.
Mário Latino estreia na página 17, com a história El Recreo. Seria uma HQ autobiográfica? Mário foi o editor do Jornal Graphiq, uma das melhores publicações de HQs no formato tiras, sendo ele mesmo um grande produtor de tiras. Publicou recentemente o álbum Os Brutos Também Riem.
Quando comecei a fazer o PSIU em 1982, mantive um contato bastante grande com autores de quadrinhos independentes da época. Recebi uma boa quantidade de trabalhos para números futuros da revista, que infelizmente não saíram. Estes trabalhos ficaram comigo e agora é o momento de resgatá-los nessa nova fase de PSIU. Parte desses trabalhos já deve ter sido publicada em fanzines ou revistas independentes. Mas acho que é interessante mostrá-los aqui para quem não os viu anteriormente.
A partir da página 21, uma história sem título e sem texto, um exemplo do trabalho de Paulo Emmanuel, que trabalhou profissionalmente na imprensa de Belém do Pará. Esse tipo de trabalho, Paulo publicou em seu fanzine Zambra na década de 1980. Outro trabalho de destaque de Paulo foi a tira O Boêmio, publicada em jornal homônimo de São Paulo e em livro pela editora Marca de Fantasia em 1996.
Na página 28, a HQ O Futuro dos Símbolos, de Cesar Ricardo Tomás da Silva. César, além de quadrinhista, foi editor do fanzine de ficção científica Hiperespaço e mantém hoje um blogue de divulgação de assuntos relacionados à ficção científica, o Mensagens do Hiperespaço.
Nas páginas 29 e 30, uma amostra da série de tiras com os personagens Dee e Jay, criação de George Silva, que publicou durante algum tempo no suplemento infantil do jornal A Tribuna de Petrópolis, durante a década de 1980.
A partir da página 31, alguns trabalhos feitos por Isomar para serem distribuídos por Maurício de Sousa, quando este começou a fazer sua distribuidora. Foram apenas 4 páginas, que saíram na Folhinha de S. Paulo. As três primeiras estreladas pelo indiozinho Bugrinho, publicadas nos números 10 (10/11/1963), 22 (2/2/1964) e 24 (16/2/1964). A quarta página, com uma sátira ao Sherlock Holmes, publicada no número 25 (23/2/1964), tem um quê de Spy vs. Spy, de Prohias, que estreou na Mad no 60 de janeiro de 1961.
Após A Fuga de Lamparina, que saiu em PSIU no 4, J. Carlos fez uma série de páginas avulsas, às vezes apenas uma ilustração comemorativa, nem sempre com a presença de Lamparina, mas muitas vezes com a participação de Chiquinho e Benjamin. Estas, publicadas a partir da página 35, saíram em O Tico-Tico, entre os nos 1213 e 1227, de 2 de janeiro a 10 de abril de 1929.
Nas páginas 49 e 50, como curiosidade, uma HQ em quatro quadros que fiz aos 8 anos de idade, cada desenho num papel encorpado, verso de um calendário da época.
Há um tipo de colecionador que valoriza conseguir um original de HQ. Nunca tive essa preocupação, mas, ao longo do tempo, algumas vezes fui presenteado com originais de HQs ou ilustrações. Nas duas últimas páginas, mostro imagens de dois originais que tenho, dos artistas Angelo Pastro e Domício.
Edgard Guimarães |