Os quadrinhos paraibanos têm uma já marcada tradição no humor, fomentada pela edição na década de 1970 de dois suplementos dominicais dos jornais da capital: O Norte em Quadrinhos e O Pirralho. Cristovam Tadeu esteve pouco presente nesse momento produtivo, mas certamente teve muita influência dos autores que surgiram naquela época e de outros já consolidados, como Tônio, H. Magalhães e Marcos Nicolau, Luzardo Alves, Deodato Borges.
Com personagens memoráveis, que integram o inconsciente coletivo do paraibano, Cristovam publica há décadas suas criaturas nos jornais diários, onde também faz charges e ilustrações. Formam seu universo humorístico as personagens Lampirão, com clara influência de Henfil, Ostradamos, Herr Fróide, além de Bartolo, sua mais conhecida criação. Bartolo é um bebum clássico, daqueles que vivem mais no bar que em casa, dando opinião sobre tudo e todos, onde Cristovam pode demonstrar seu humor hilariante.
A 17ª edição do Top! Top! aborda a obra de Cristovam Tadeu com uma entrevista, resenha do álbum Bartolo , lançado pela Marca de Fantasia na série Das tiras coração, e mais algumas tiras de Bartolo, para o deleite dos leitores. O gancho para a edição foi o destaque que Cristovam teve na Itália, onde foi participar como júri no 20º Festival Internacional de Cinema de Animação e de Quadrinhos.
Além das seções Chamada Geral e Lero-lero, a edição apresenta ainda o texto “Os quadrinhos no Brasil são viáveis?”, de José Valcir. Valcir é um dos editores da revista Prismarte, bastião dos quadrinhos pernambucanos.
H. Magalhães
Tira com Bartolo, de Cristovam Tadeu |
|