Apresentação
Esta edição da Imaginário! inicia com a entrevista “Ciberpajé e as obras artísticas pandêmicas”, concedida por Edgar Franco a Rafael Senra, Professor Doutor de Literatura na Universidade Federal do Amapá. A conversação, que tem como mote a obra em quadrinhos e musical Conversas de Belzebu com seu Pai Morto, de Edgar Franco, traz uma ampla viagem pelo universo onírico e ficcional do autor da “Aurora pós-humana”. Edgar é Doutor e Professor na Universidade Federal de Goiás, além de artista multimídia cuja originalidade visionária o projeta na vanguarda das artes.
Na sequência temos o artigo “O riso combativo: a força do humor gráfico nas páginas do jornal Correio da Paraíba durante a ditadura”, de Rosildo Raimundo de Brito, Doutor em História Social e Professor do Curso de Comunicação Social/Educomunicação da Universidade Federal de Campina Grande. Rosildo destaca a contribuição dos humoristas gráficos para o desenvolvimento do jornalismo satírico-humorístico paraibano.
Ivan Carlo Andrade de Oliveira, Doutor em Arte e Cultura Visual, Professor da Universidade Federal do Amapá, mostra como a trajetória da revista “Herói”, focada no jornalismo infanto-juvenil com temas como desenhos animados e quadrinhos, revolucionou o mercado editorial brasileiro tanto no texto quanto na diagramação.
Marcelo Bolshaw Gomes, Professor do Programa de Pós-Graduação de Estudos da Mídia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, descreve as diferentes versões do personagem Coringa, da DC Comics, nas HQ, TV, cinema, principalmente no filme Joker como arqui-inimigo de Batman. Para o autor, o personagem altera o arquétipo do Trickster, representando uma catarse do inconsciente dominante recalcado, visível na vida política atual em personagens de palhaços assassinos defensores de valores conservadores.
Heraldo Aparecido Silva, Doutor em Filosofia e Professor da Universidade Federal do Piauí, acompanhado dos acadêmicos Tainyt Barbosa Viégas de Carvalho (Licenciatura em Matemática na UFPI) e Felipe Pereira da Silva (Licenciatura em Matemática na UFPI) faz a articulação entre as contundentes críticas de Montaigne contra a educação tradicionalista e os costumes de sua época e a animação brasileira Irmão do Jorel, enfatizando a relevância dessa discussão a partir de um contexto atual de intersemiose.
Gazy Andraus, Doutor pela ECA-USP e pós-doutorando pelo PPGACV da Universidade Federal de Goiás, traz a série “ResenhandoZine”, com expoentes que suplantam a limitação da difusão do papel, chegando aos vídeos na rede virtual da Internet. Nesta edição, enfoca a produção de Márcio Sno com seu canal Meu zine minha vida, dentre outros vídeos aleatórios que, em sua maioria, falam sobre fanzines.
Fecha a edição mais uma HQ da personagem “Maria”, deste editor, refletindo o processo criativo dos quadrinhos poético-filosóficos.
Imaginário! tem por objetivo a difusão de artigos acadêmicos, ensaios, resenhas e entrevistas sobre História em Quadrinhos, Artes Gráficas e Visuais, promovendo a interdisciplinaridade com outros domínios afins. A revista conta com a participação de pesquisadores e membros de grupos de estudos de instituições de ensino superior de todo o país.
Boa leitura!
Henrique Magalhães
Sumário
Entrevista
Ciberpajé e as obras artísticas pandêmicas
Ciberpajé; Rafael Senra
Artigos
O riso combativo: a força do humor gráfico nas páginas do jornal
Correio da Paraíba durante a ditadura
Rosildo Raimundo de Brito
Revista Herói: a publicação que revolucionou o jornalismo infanto-juvenil
Ivan Carlo Andrade de Oliveira
O palhaço de mil faces
Marcelo Bolshaw Gomes
Algumas ideias de Montaigne sobre Irmão do Jorel:
filosofia, educação e animação
Heraldo Aparecido Silva; Tainyt Barbosa Viégas de Carvalho;
Felipe Pereira da Silva
Resenha
ResenhandoZine - 2: Márcio Sno e seu canal "Meu zine minha vida" no Youtube
Gazy Andraus
História em quadrinhos
Maria: Poética
Henrique Magalhães
Normas de publicação
Expediente
Capa
Ilustração do Ciberpajé Edgar Franco feita especialmente para esta edição
Revista de análise sobre Comunicação e Artes. O uso das imagens serve apenas ao estudo, de acordo com o artigo 46 da lei 9610. O direito dos textos e imagens pertence a seus autores ou detentores.
